Os passos de Charlie pela cozinha me arrancaram dos pensamentos. Hora de voltar à realidade.
***
- Isabella Swan?
- Bella - enfatizei enquanto erguia os olhos. Um rapaz sardento esticava um buquê de flores.
- Acho que houve algum engano... - consegui murmurar.
- Você é Isabella Swan, não é? - perguntou ele com impertinência.
- Bella - repeti me sentindo impertinente também.
- Então não houve engano nenhum. São pra você.
A turma de biologia esperava minha reação. Estendi a mão para o ramalhete gigante de lilases ainda úmidas do orvalho. Eram deslumbrantes e tinham um aroma suave. Não havia cartão.
Então, como em um passe de mágica, aquele olhar surgiu outra vez. Fabulosos olhos de topázio num rosto aquilino. Naquele instante soube quem havia enviado as flores.
O misterioso garoto recém-chegado do Alasca tinha cabelos cor de cobre magistralmente despenteados e o olhar caloroso que me visitava todas as noites. Um sorriso dançava em seus lábios. Ele sentou-se ao meu lado.
- Oi - ele disse - Meu nome é Edward Cullen. Você é a Bella, certo?
Ele foi o primeiro a acertar a maneira como gosto de ser chamada logo de cara. Concordei com a cabeça.
- Bonitas flores - falou sorrindo.
- Obrigada - murmurei, mas não tinha certeza se eu retribuía ao elogio ou ao presente que sabia que ele havia me dado.
- De nada. - falou baixinho e chegou mais perto - A propósito, feliz dia dos namorados.
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